22.8.07

Cartas para Sakhalin

Caros amigos, venham até aos Cartas para Sakhalin. Serão bem recebidos, com cafezinho. E podem fumar.

25.4.07

Cartas para Sakhalin

A todos os visitam este espaço quero dizer que criei um novo blog: Cartas para Sakhalin.
Este novo espaço será também uma crónica no jornal Diário de Aveiro, saindo às terças-feiras.
Serão muito bem vindos. Um forte abraço.

18.4.07

Caso Independente

Bem, o caso Independente começa a tornar-se grave aos olhos de todos! O caso é bem mais sério do que parece, pois todos sabemos de rumores nos círculos sobre cursos oferecidos, docentes que nunca puseram os pés na universidade, etc. E o mais grave é que não é só na Independente. Há mais. Todos falam disso, mas quando chega a hora de furar a sério, nada!
Valia a pena o país saber a fundo o que se passou com vários diplomas da Universidade Independente!
O 1º ministro está envolvido numa grande trapalhada, ninguém pode ficar alheio a isso. O PGR não pode enfiar a cabeça na areia. Valia pena uma investigação séria, não ao diploma de Sócrates, mas à forma como algumas instituições ditas de Ensino Superior funcionam.
~
Vale a pena ler o que diz Miguel Sousa Tavares no Expresso:
O exame
As opiniões dividem-se sobre a prestação televisiva de José Sócrates acerca do seu currículo académico. Há quem ache que ele passou no exame dificílimo que o esperava, há quem ache que ficou na fronteira entre o chumbo e a aprovação, e há quem ache que não foi capaz de afastar as muitas suspeitas acumuladas ao longo das duas últimas semanas.
Penso que é difícil ter uma opinião clara. Se aceitarmos que Sócrates enfrentava um desafio duplo — político e pessoal —, talvez a conclusão possa ser a de que passou politicamente, mas não afastou todas as dúvidas em termos pessoais e de imagem. No campo político, acabou por retirar vantagem de só ter falado depois de ver todo o fogo de barragem que lhe era dirigido. Foi inteligente ao apresentar-se como alguém que tinha frequentado durante sete anos e meio o ensino superior, que se procurou valorizar já em adulto e que viu o seu esforço posto em causa e arrasado por esse instrumento de calúnia e impunidade sem igual que é a blogosfera. E foi inteligente ainda ao reconhecer que, todavia, havia quem pudesse ter dúvidas legítimas, a que lhe cabia responder. Penso que ele intuiu também que o país não aprecia o espectáculo de um primeiro-ministro a ter de se humilhar para esclarecer o seu passado universitário e que valoriza sim outras coisas, mais imediatas e mais comezinhas. A menos que desenterre mais um desses papéis inexplicáveis (ou a menos que toda a história da Universidade Independente seja escrutinada de fio a pavio), creio que Sócrates pode ter matado politicamente o assunto na quarta-feira passada.
Resta o lado pessoal, onde, em minha opinião, Sócrates não foi convincente. Começando logo pela primeira pergunta: porque é que um aluno que vem do sector público escolhe a Universidade Independente para concluir a licenciatura? Sócrates deu três razões e nenhuma delas pertinente: a proximidade física com o ISEL não faz sentido (se se mudou de uma para a outra, que lhe interessava que fossem próximas?); o facto de ter horário pós-laboral acontece com todas as outras Universidades, públicas ou privadas; e o “prestígio” de que gozaria a UnI, só mesmo, e como está bem à vista, nos melhores sonhos do aluno José Sócrates. Pelo contrário: se a sua intenção era “valorizar-se”, como disse, não se percebe porque escolheu uma Universidade cujo curso de Engenharia não é reconhecido pela Ordem dos Engenheiros e que apenas o habilitaria a fazer-se tratar, e indevidamente, por engenheiro e não a exercer a profissão para a qual é suposto ter-se valorizado na Universidade.
Depois, houve outras coisas que ficaram por explicar ou cuja explicação não pode convencer quem sabe do que se trata. Nenhum aluno que tenha feito um curso ‘a sério’ numa Universidade ‘a sério’ teve, no ano de licenciatura, cinco cadeiras, das quais quatro dadas pelo mesmo professor; nenhum aluno se esqueceria do nome dos professores, para mais se só teve dois; nenhum aluno acreditaria que era possível ser membro do Governo e simultaneamente concluir uma licenciatura com aulas nocturnas e fazendo o ano com média de 17; nenhum aluno viu um professor dar-lhe as notas durante as férias de Agosto, e logo quatro no mesmo dia; nenhum aluno tem um certificado de curso passado durante as férias, num domingo, e assinado pelo reitor e pela filha, na qualidade de directora administrativa (típico de Universidade de vão de escada). A isto, basicamente, José Sócrates respondeu que são questões a que é alheio e cuja responsabilidade só pode ser imputada à Universidade. Mas há uma coisa a que ele não foi alheio, que foi a escolha desta Universidade para se licenciar. E, aqui, volta a questão política: eu sei que houve inspecções regulares à UnI e que em nenhuma se sugeriu o seu encerramento. Mas, por tudo o que hoje sabemos sobre o seu funcionamento, os seus responsáveis e as suas estranhas e constantes anomalias processuais (até chegaram a dizer que só guardavam os registos dos alunos durante cinco anos...), a questão está em saber, exactamente, se ela não deveria ter sido encerrada muito antes. Será que José Sócrates, primeiro-ministro, recomenda o modelo da UnI que o aluno José Sócrates conheceu como exemplo a seguir na tal estratégia de qualificação e valorização profissional que defende para o país?
Mas, finalmente, que importância tem isto, pergunta-se. Que o primeiro-ministro seja engenheiro ou não, não tem importância alguma e não diminui, certamente, os muitos méritos que a governação de Sócrates já demonstrou. Mas não é tudo reduzível a uma questão de “luta de classes”, como já vi escrito. Não é o “snobismo” dos engenheiros e doutores a defenderem o seu território sagrado contra a democratização dos títulos académicos. Um título académico é também um instrumento de habilitação profissional num mercado de trabalho concorrencial e onde, obviamente, a concorrência é desleal se uns se desunham para obter os seus e outros os obtêm através de passagens administrativas, “exames colectivos” ou Universidades mexerucas. Por isso, a última questão a que José Sócrates não respondeu, nem lhe foi perguntada, é esta: se, como afirmou, nunca pensou em ser engenheiro, para que quis licenciar-se em Engenharia? Uma curiosidade intelectual por conhecer as vigas de betão esforçado?
P.S. — Um recente acórdão de um tribunal superior americano estabeleceu que a liberdade de expressão dos jornalistas implica o direito a poder errar. Desde que se actue de boa-fé e se reponha, por desmentido, a verdade, o erro faz parte dos riscos inerentes à actividade jornalística, assim como o erro médico, não culpável, faz parte da medicina.
Em Portugal, um recente acórdão do Supremo Tribunal de Justiça acaba de consagrar uma doutrina que nem sequer é a oposta, é bem pior do que isso: uma notícia, mesmo que verdadeira e provada, não isenta um jornalista da responsabilidade pelos danos que ela possa causar a outrem. O jornal ‘Público’ noticiou que o Sporting devia 480 mil euros ao Fisco. A notícia era de interesse público, não só porque há a desconfiança de que os clubes não pagam ao Fisco como ainda porque o Sporting vivia a gabar-se de ser a excepção na matéria. Mas o clube entendeu processar o jornal, por “ofensas ao seu bom nome”. Em primeira e em segunda instância, provou-se que a notícia era verdadeira, mas, em recurso final para o Supremo, o Sporting obteve ganho de causa, graças à extraordinária doutrina de que “com a verdade me ofendes”. Aconteceu-me também uma vez ser julgado por, num programa de televisão de que era responsável, se ter dito que o indivíduo Tal fora condenado por vários crimes de homicídio. E fora. Mas o Ministério Público, felizmente sem vencimento na sentença, entendeu que o criminoso era eu, porque tinha ofendido “o bom nome” do outro. Como se vê, para os nossos tribunais e para a nossa lei, o “bom nome” não é um conceito objectivo, mas sim subjectivo e universal: não tem só direito à protecção ao bom nome quem paga impostos e não comete crimes, mas sim qualquer um, independentemente do que faça. Não é difícil adivinhar onde é que esta chocante inversão de valores nos pode levar: à censura, absoluta e total, sobre a Imprensa.
Publicado segunda-feira, 16 de Abril de 2007 1:45 por Expresso Multimedia

17.4.07

Raramente concordo, mas desta não tenho dúvidas

Menos público do que parece
17.04.2007, Eduardo Prado Coelho
Noutro dia fui surpreendido pelo entrevistado do programa de Judite de Sousa ser o cantor Tony Carreira. Na vez seguinte, que vimos? O entrevistado era o extraordinário Valentim Loureiro, desagradável, mentindo com uma descontracção impressionante, no limite do vulgar. Se, no primeiro caso, Judite de Sousa parece ter ficado incapaz de reagir, com Valentim Loureiro mostrou que é uma excelente profissional capaz de desmontar uma incrível personagem e pôr em causa os critérios jornalísticos que daquele programa. Com tanta gente da ciência, da tecnologia, da cultura ou do espectáculo que valeria a pena ouvir, é lamentável que coisas como estas estejam a acontecer no que se define como serviço público. Pude ver há algum tempo um "Prós e Contras" sobre a televisão que temos. Mas devo dizer que, tendo em conta o formato do programa, me parece que era difícil fazer melhor. O que estava em causa foi tratado, primeiro numa dimensão processual, em que se insistiu sobre entidades reguladoras, o que não foi particularmente estimulante, para só numa segunda parte se considerarem os critérios de programação. E aqui de facto há muito a dizer. Que dizer de um serviço público que tem como principal objectivo ser competitivo com os outros canais, de tal modo que, com a excepção da RTP 2, acabamos por ter todos os canais com a mesma grelha? Vá lá que há TVCabo e, no limite, um último recurso: o DVD. Não consigo entender que o programa da manhã do serviço público seja a Praça da Alegria, de uma mediocridade inqualificável. Não consigo entender que o serviço público seja incapaz de dar espaços a questões mais aprofundadas, que na melhor das hipóteses ficam para os verdadeiros noctívagos. O nosso serviço público falha em coisas essenciais, porque aquilo que faz a verdadeira cultura de um País parece inteiramente banido. O resto são concursos e telenovelas de baixa qualidade. Depois é ver o alinhamento dos telejornais, de tal modo semelhantes em todos os canais que se muda de um para outro e fica a impressão de que se está sempre a ver o mesmo. Para quê fazer a distinção entre o serviço público e o resto, se a lógica do resto é predominante?Viram certamente os programas de António Barreto. No final de cada um deles, apetece chorar. Apesar de algumas excepções, a verdade é que ficamos com a sensação bem amarga de que jamais poderemos arrancar para níveis europeus, sobretudo agora, quando o alargamento da UE e os efeitos terríveis da globalização só podem dar-nos o sentimento de estarmos condenados a uma triste fatalidade. É verdade que a esperança só existe para os desesperados, mas mesmo assim não poderemos esperar grandes melhorias. Veja-se o caos do trânsito, o horror de passar horas para entrar e sair de Lisboa, onde nada está organizado. O país está deprimido não apenas por circunstâncias específicas, mas também por essa falta de horizontes a que se sente submetido.

Yes Sam

Romance Os Maias vai ser traduzido e vendido nos EUA
17.04.2007
O romance Os Maias, de Eça de Queiroz, vai ser traduzido e publicado pela primeira vez nos Estados Unidos, anunciou a editora New Directions. O livro deverá ser posto à venda a 30 de Julho. A tradução é de Margaret Jull Costa que, nos Estados Unidos e no estrangeiro, venceu diversos prémios pelas suas traduções de Eça de Queiroz e José Saramago.Dando o seu apoio à publicação nos Estados Unidos dessa obra de Eça de Queiroz, o crítico literário norte-americano Harold Bloom descreveu Os Maias como "um dos mais notáveis romances europeus do século XIX, comparável, na sua totalidade, às melhores obras dos grandes mestres russos, franceses, italianos e ingleses da prosa de ficção". Citado numa nota de imprensa divulgada pela New Directions, Bloom, que ensina literatura na Universidade de Yale, disse que o romance "revela a decadência de Portugal, no seu longo declínio que iria culminar no regime fascista de Salazar do século XX". A editora New Directions já publicou anteriormente outras obras de Eça de Queiroz, nomeadamente O Crime do Padre Amaro, A Ilustre Casa de Ramires e O Sofá Amarelo. Os Maias será posto à venda com o preço de 17,95 dólares (cerca de 13 euros).

Vamos andando e vamos vendo...

Empresa de António Morais investigada pela Judiciária há oito anos
17.04.2007, José António Cerejo
O antigo professor da Independente esteve envolvido num concurso público, na Covilhã, em relação ao qual há suspeitas de corrupção. O processo está no DIAP
António José Morais declarou ao Tribunal Constitucional que é titular de um depósito no valor de um milhão e 250 mil euros. Na declaração de rendimentos que entregou em 2005, após tomar posse como presidente do Instituto de Gestão Financeira e Patrimonial das Justiça (IGFPJ) - cargo para que foi nomeado através de um despacho assinado por Alberto Costa e José Sócrates -, Morais indicou também que tinha auferido 490 mil euros a título de "rendimento de trabalho dependente" em 2004. Nesse ano era professor da Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa. Na categoria de rendimentos de capital ou outros provenientes da sua actividade empresarial não fez qualquer declaração. Aliás, a GEASM (sucessora ASM) teve nesse ano um valor de vendas total de 174 mil euros e um prejuízo declarado de 47 mil euros. Nesta empresa, Morais tornou-se sócio, em Janeiro de 2006, de Ernesto Moreira, um jurista que acabara de demitir do IGFPJ, antes de ele próprio ser demitido por Alberto Costa. a A empresa de António José Morais, professor de quatro das cinco disciplinas que Sócrates fez na Independente em 1996, está a ser investigada pela Polícia Judiciária desde 1999. O processo, que tem pelo menos um arguido e foi aberto para averiguar as suspeitas de favorecimento do grupo HLC no concurso para a construção do aterro sanitário da Cova da Beira, aguarda despacho no Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa desde Outubro.Lançado pela Associação de Municípios da Cova da Beira em Abril de 96, o concurso de concepção, construção e exploração do aterro da zona da Covilhã foi um dos primeiros no quadro do Plano Estratégico dos Resíduos Sólidos Urbanos (PERSU) - formalmente anunciado por José Sócrates, então secretário de Estado adjunto da ministra do Ambiente, em Setembro daquele ano. Sabendo-se que estava a arrancar um programa de 122 milhões de contos (mais de 610 milhões de euros) para acabar com as lixeiras em todo o país, o concurso da Cova da Beira foi particularmente renhido e deu origem a três reclamações. Rejeitados os argumentos dos reclamantes, a adjudicação foi feita por cerca de 2,5 milhões de contos (12,5 milhões de euros) a um consórcio liderado pelo grupo HLC, do empresário covilhanense Horácio Luís de Carvalho. Entre os membros do consórcio avultava a Conegil, uma empresa de construção criada por José Manuel Santos Silva, um outro empresário da Covilhã que então se associou ao grupo HLC.Atendendo à sua importância, uma vez que era um dos primeiros a avançar no âmbito do PERSU, o contrato foi celebrado com alguma solenidade, em Maio de 1997, na presença de José Sócrates. Os outorgantes eram o socialista Jorge Pombo, então presidente da Câmara da Covilhã, e os representantes do consórcio, entre os quais José Manuel Santos Silva. Na sequência desta primeira vitória, o grupo HLC veio a ganhar diversos concursos na área do Ambiente, ficando, entre outros, com os aterros dos distritos de Santarém e Beja, com o aterro de resíduos industriais não perigosos da Chamusca, com as estações de tratamento de águas residuais de Frielas e do Freixo e com a selagem de numerosas lixeiras no Ribatejo, no Norte e no Algarve.Na área da construção, a Conegil, que continuou a ter José Manuel Santos Silva como administrador, viu multiplicarem-se as adjudicações públicas, em especial no Gabinete de Estudos e Planeamento de Instalações do Ministério da Administração Interna (GEPI) e em câmaras municipais, designadamente em Lisboa, Amadora, Alpiarça e Sintra, todas do PS. No final de 2001, coincidindo com o fim dos governos de Guterres, o grupo HLC começou a desfazer-se em falências, incluindo a da Conegil, que deixou dívidas de milhões e mais de uma dezena de grandes obras públicas por acabar.Autor dos estudos ambientaisFoi em plena expansão do grupo, em 1999, que a PJ começou a explorar as pistas que indiciavam o favorecimento da HLC/Conegil no concurso da Cova da Beira. As suas atenções centraram-se, além de alguns responsáveis do PS e do PSD da região, na ASM, uma empresa de projectos criada por António Morais - o professor que em Março de 1996 tinha sido nomeado director do GEPI por Armando Vara, então secretário de Estado da Administração Interna.Antigo professor da Universidade da Beira Interior e militante do PS, António Morais viveu no Fundão entre 1989 e 1991 e mantém desde então estreitas relações com os meios políticos, empresariais e universitários da Covilhã. Daí que, como disse ao PÚBLICO, tenha sido convidado para preparar o concurso público do aterro da Cova da Beira. Tanto o programa de concurso, como o caderno de encargos e a avaliação técnica das propostas apresentadas pelos concorrentes foram da responsabilidade da ASM. António Morais foi aliás o autor dos estudos ambientais e financeiros que serviram de base ao concurso. Na avaliação das propostas que conduziu à controversa adjudicação à HLC, a ASM foi representada pela ex-mulher de Morais, já que o próprio não o podia fazer por ser director do GEPI. As alegadas relações entre este e o grupo HLC, em especial com José Manuel Santos Silva, com o qual ainda hoje trabalha, estiveram na origem de buscas na ASM, levando à inquirição do professor e da então gerente.Despercebido não terá passado o facto de o GEPI, sob a direcção de Morais, ter adjudicado à HLC e à Conegil um importante negócio de telecomunicações e numerosas obras de quartéis e esquadras. Algumas destas adjudicações levaram a Inspecção-Geral da Administração do Território, em 2002, a identificar situações que "poderão questionar o interesse público das decisões tomadas, a transparência dos procedimentos, bem como a equidade" no tratamento dos concorrentes.À investigação poderá também ter interessado um facto que o próprio Morais revela no seu currículo de consultor privado. Entre 1997 e 2000, enquanto dirigia o GEPI, elaborou um "estudo de viabilidade" para a Estação de Tratamento de Resíduos Sólidos de Neath Port Talbot, um outro para uma estação idêntica em Wrexham, ambas em Inglaterra, e um terceiro para uma unidade do mesmo género em Mysolwice, Polónia. Além disso, fez um "estudo de estratégias de investimento na Polónia". Morais não o diz, mas o seu cliente em todos estes trabalhos foi o grupo HLC.Praticamente paradas durante anos, as investigações foram concluídas em Outubro passado, sete anos depois de iniciadas. O MP decidirá agora se acusa alguém ou não.

28.3.07

De Francisco José Viegas, vale a pena ler

«Salazar, Salazar.
Outra questão de vida ou morte, segundo parece: a recente vitória póstuma do dr. Salazar não é a primeira. Agradecia que os sociólogos não me maçassem tanto com questões ideológicas tão definitivas como a do triunfo do salazarismo através do televoto. Salazar ganhou o concurso porque é um concurso televisivo; e Cunhal ficou em segundo lugar porque é um concurso televisivo. Os militantes votaram. Mas no caso de Salazar há vários factores. Em primeiro lugar, contou o facto de não ter sido incluído na lista inicial da RTP, claro que contou – e claro que se tratou de censura involuntária. Em segundo lugar, foi tanta a gritaria contra o velho beirão, que as pessoas se irritaram. Em terceiro lugar, foi um voto de protesto (sei que é banal dizer isso, mas não há como fugir à questão). Tirar conclusões acerca de um concurso televisivo? Claro que pode fazer-se. Dá uma imagem do país? Dá. Perguntem às esquerdas que agora protestam o que fizeram de verdade para impedir essa imagem salazarenta do país.
Mas, fora isso, o caso mais surpreendente vinha no JN de domingo: uma repórter foi ao Parlamento perguntar aos deputados da nação em que figura eles votavam: “não responder foi a forma hábil e prudente de a maioria dos deputados evitar entrar em polémicas”, escreve a jornalista – ou, então, eleger o “povo português”... Ora, por que razão não respondeu a maioria dos deputados a essa pergunta simples e banal? Para não se comprometerem. Quase quinhentos anos depois da Inquisição, quarenta anos depois de Salazar, trinta anos depois do 25 de Abril, “não se comprometer” é ainda o melhor – por causa do medo. Por causa do receio em arriscar, em ter uma opinião (mesmo que errada, mesmo que depois se mude), em ser confrontado com outras opiniões. FJV (aqui
~
Eu só discordo quando diz que é pelo medo do confronto com outras opiniões. Acho que é pelo medo da perseguição, que existe de verdade para quem tem opiniões diferentes, mesmo que ela seja subtil.

27.3.07

Gilberto Gil em Aveiro

Gilberto Gil na Reitoria da Universidade de Aveiro, 15/12/2007
(fotografia de Ângelo Eduardo Ferreira)

Dizem que é uma espécie de engenheiro...

Parece que houve por aí uns quantos puros que não gostaram da notícia do Público sobre o curso do 1º Ministro. Por que será? Não vejo nenhum problema em um jornal investigar aquilo que já corria como rumor na net. Se não houver razões para tal rumor, podem crer, as coisas ficam claras rapidamente. Agora eu não entendo é o tom de donzelas ofendidas na honra que alguns querem adoptar. Não vejo onde...
Era saudável que este filme, sim, porque já ninguém tem dúvidas que há aqui filme, fosse esclarecido. Parece que a série tem mais episódios, assim à moda do Lost, que nunca mais acaba e nunca se percebe o fim...
Vamos ver...

21.3.07

Boas notícias

Foto: Reuters
O mapa português da Austrália
(in Público)


Este mapa marítimo do século XVI da costa Este da Austrália, pertencente a uma biblioteca de Los Angeles, prova, segundo um livro recentemente publicado, que os portugueses foram os primeiros europeus a descobrir aquele país, antes de britânicos e holandeses como se pensava. Em "Beyond Capricorn", o jornalista Peter Trickett explica que este mapa é a peça do puzzle que faltava para provar que Cristovão de Mendonça chegou à Botany Bay com uma frota de quatro navios em 1522, quase 250 anos antes do capitão britânico James Cook. O mapa descreve com precisão e em português vários locais ao longo da costa Este australiana.
~
The Portuguese Map of Australia
This maritime map of the 16th century of the west coast of Australia, that belongs to a library in Los Angeles, proves, according to a book recently edited, that the portuguese were the first europeans to arrive there, before dutches and british as we though. "Beyond Capricorn, written by Peter Trickett explains that the map is the last peace of a puzzle that proves that Cristóvão Mendonça arrived at Botany Bay with 4 ships in 1522, almost 250 years before James Cook. The map describes the coast with precision (in portuguese).
(my translation)

Boas notícias

Convite directo de Leonor Beleza
20.03.2007 - 22h31 Teresa Firmino
Nobel James Watson vai presidir ao conselho científico da Fundação Champalimaud
O cientista norte-americano James Watson, prémio Nobel de Medicina e um dos descobridores da estrutura da molécula de ADN, vai presidir ao conselho científico da Fundação Champalimaud, um órgão de aconselhamento.

20.3.07

Bolsas e concursos

o jornal UA_online tem uma interessante secção sobre concursos e bolsas.

Cor de Mar


Este projecto de fazer bonecos de pano e afins para crianças, com tanto prazer, dedicação e amor, levado a cabo pela minha irmã Ana Marisa Ferreira, merece o meu total apoio e elogio. O que é belo, bem feito, com originalidade e empenho, deve merecer uma palavra e um gesto - aqui fica, mais uma vez, o meu.

7.3.07

A Origem das Espécies

Deixo aqui um belo texto do Francisco José Viegas que não podia senão divulgar na íntegra, mas o melhor mesmo é ver o post original (além do mais traz fotografias, lindas!)
«A tolerância. As ementas de Sunday brunch. Os parques. O taxista caboverdiano Joseph Santos. Os restaurantes de onde se vê Manhattan ao longe. As estradas entre florestas. As cidades «do mar» entre NY e Rhode Island, Newport incluída. Georgetown, a M Street e o bar Nathan’s (e as longas conversas tardias com o Nuno M.P.) em Washington. O The Sports na 7ª Av, em NY. A comida que recupera os sabores de infância com níveis de colesterol médios e ovos cozinhados de todas as maneiras. O prime rib steak. As batatas novas salteadas com alho. As smoker’s stations à porta dos aeroportos, que evitam que os passeios estejam sujos de beatas. Onésimo Teotónio de Almeida. Bagels. Barnes & Noble. Os saldos de 50% das livrarias. Os saldos de 60% na livraria da Brown, em Thayer Street. A mania de proteger as árvores. O arquivo de jazz da Rutgers University e a vitrina onde está o trompete verde de Miles Davis. Sanduíche de pastrami em pão de centeio e batatas fritas passadas por alho, farinha de milho e ervas. A tolerância com que os americanos aturam as ideias feitas dos europeus sobre o seu país. A Brown University – com as suas bibliotecas abertas de noite, os casarões ocupados por estudantes, os relvados, as árvores e o Departamento de Estudos Portugueses e Brasileiros. O túmulo de H.P. Lovecraft, que hei-de ver da próxima vez. As cores, o cheiro dos livros, as sombras (e a multiplicação dos misteriosos exemplares de Lives of the English Poets, de A Journey to the Western Islands of Scotland, de Samuel Johnson e de Life of Johnson, de Boswell), as cadeiras nos recantos mais inesperados da Athenaeum (a quarta mais antiga biblioteca dos EUA, em Providence – que Edgar Allan Poe frequentava). E, já agora, não muito longe, a tranquilidade da John Hay Library, e a beleza da John Carter Brown Library. A pluralidade racial. As capas dos livros, os saldos dos livros, os livros. As public libraries. A mercearia do Sr. Pedroso, no velho bairro português de Providence. Os pequenos-almoços suculentos e cheios de colesterol. As melhores cervejas do mundo, da Sierra Nevada à Sam Adams (Nut Brown ou Triple Bock), da Leinenkugel à Breckenridge, da McNeill’s à Anchor Steam. O hábito de dizer how are you? como cumprimento. Os estrangeiros que são americanos. Os americanos tranquilos. O sistema de financiamento dos estudos universitários. R.W. Emerson. Os restaurantes, o Cliff Walk, a pequena Touro Synagogue e as mansions (The Breakers, Marble House, Rosecliff) de Newport. O comandante do avião que atravessou a pista de Albany a correr, no meio da neve, para arranjar água para os passageiros do avião (que tinha sido desviado por causa do mau tempo). Chávenas de clam chowder. Onésimo outra vez. Cape Cod ao longe.»

AAUAv presta homenagem a Luandino Vieira

(fotografia de Luandino Vieira: ua_online)

Depois do Prof. Júlio Pedrosa, a AAUAv atribui, esta quarta-feira, 7 de Março, às 17h30, ao escritor angolano Luandino Vieira o título de Sócio Honorário. A cerimónia, seguida de palestra, decorre no Auditório da Casa do Estudante. (mais)

Exemplos a seguir?

Colleges and universities took in $28 billion in charitable contributions in 2006, up 9.4 percent from the year before...

Top 20 Institutions in Private Gifts Received, 2006


Institution 2006 Total

Stanford U. $911,163,132
Harvard U. 594,941,000
Yale U. 433,461,932
U. of Pennsylvania 409,494,598
Cornell U. 406,228,837
U. of Southern California 405,745,421
Johns Hopkins U. 377,336,025
Columbia U. 377,276,204
Duke U. 332,034,301
U. of Wisconsin at Madison 325,938,048
U. of California at Los Angeles 319,580,552
U. of Washington 316,251,912
New York U. 279,918,813
U. of Minnesota 266,991,894
Northwestern U. 253,401,792
U. of Michigan 251,476,551
Indiana U. 247,520,018
U. of California at Berkeley 245,966,241
U. of Chicago 237,117,399
U. of North Carolina at Chapel Hill 236,579,182

Top 5 Community Colleges in Private Gifts Received, 2006

Ivy Tech State College $15,349,718
Indian River Community College 15,222,667
Maricopa Community College District 11,281,013
Santa Rosa Junior College 7,209,931
SUNY Westchester Community College 6,593,877

fonte: Inside Higher Education

2.3.07

Vale a pena dar um salto

Alfinetes de Dama in Cor de Mar

BONS SINAIS, MAUS SINAIS

Ensino superior
Número de doutoramentos mais do triplicou nos últimos oito anos
02.03.2007 - 08h56 Andrea Cunha Freitas in PÚBLICO

O número de doutoramentos em Portugal cresceu mais de 220 por cento entre os anos lectivos de 1997/98 e 2005/06. As licenciaturas continuam a ser o curso mais procurado, mas sofreram uma quebra nos últimos quatro anos. (ler mais)

25.2.07

Beira-Mar roubadinho!


Parabéns Mourinho

Mourinho Campeão, Taça da Liga Inglesa.
(5º título em Inglaterra)

21.2.07

Governo americano tem pernas para andar

Condoleeza Rize
...e muito mais.

O FJV chamou a atenção para esta fotografia, que vale a pena "ler".

Interesse Público - bem visto!

«Na passada segunda-feira, no Público, Helena Matos chamava a atenção para o facto de os referendos serem pouco participados (Helena referia-se ao da Andaluzia, por exemplo) porque os eleitores não estão interessados nas questões colocadas pelos políticos («não reconhecem interesse naquilo que lhes é proposto»). Concordo. O mesmo se passa, por exemplo, em eleições pouco participadas (como as europeias). Fico sempre surpreendido com a pouca abstenção nesse género de eleições (talvez ronde os 60%); é muita gente a votar. » FJV in A Origem das Espécies

Eurostat

Saíram as estatísticas da nossa miséria, apesar de sabermos bem que temos, muito provavelmente, a melhor economia paralela da Europa. Para quem estiver interessado: Eurostat Fev 2007

Compro o que é nosso

Campanha "Compro o que é nosso"
Na folha da AEP em papel vem um outro lema, que não sei se é para divulgar, mas que não será o mais acertado: "Cá se fazem, cá se compram", lembrando o original "Cá se fazem, cá se pagam", que se refere a sentimentos negativos. Penso que isto é básico para um publicitário. A não ser que se queira ir buscar motivação a alguns sentimentos menos próprios que existam por aí...

14.2.07

Abriu a Guilda - escola de artes em Aveiro

s.f. Corporação de artesãos, mercadores e artistas, formada para proteger os seus interesses; comum na Idade Média até à formação das Academias no séc. XVII. Oficina de artes.
~
Estão abertas inscrições para os Cursos de Desenho e Mosaico na Guilda, escola de artes que abriu em Aveiro, mesmo junto à Rotund das Pontes / Fórum de Aveiro. Também é possível fazer inscrições online no blog Guilda.

14.1.07

Outros membros do blog

Hoje de manhã, um amigo e leitor deste espaço (eu disse amigo), perguntou-me: Onde estão os outros membros do blog?

Índia

A iniciativa do Presidente é excelente. Vale a pena dizer bem do que está bem. Nem um grupelho de 20 atrasados mudará isso. Nem isso nem o Doutoramento Honoris Causa da Universidade de Goa, que só ganha dimensão. Digamos que é um pouco de pimenta, a condimentar a viagem.

9.1.07

Casa Decor - Porto 2006

Esculturas de Raquel Gomes na Casa Decor 2006 (Porto)

México - Set 2006

Casa Azul de Frida Kahlo
Cidade de Obregón, Norte

5.1.07

Boas notícias...


Modelo de ensino centrado no aluno faz da ESTGA uma escola de referência

3.1.07

A não perder... Crise, qual crise?

«Ernâni Lopes - o último ministro das Finanças antes de Cavaco e dos dinheiros europeus - tinha avisado, no dia em que assinou a nossa adesão europeia: “Acabou-se o fado!”. Mas o que os portugueses perceberam foi exactamente o contrário: a partir daí, o fado era subsidiado. Sem razão lógica, mas que nós só podíamos aproveitar ou fossemos parvos, a Europa tinha decidido passar a financiar a nossa preguiça, a nossa inércia, a nossa eterna dependência do Estado, a nossa incapacidade de assumir o risco, a inovação, o mérito.»

Ai sim?

"A vontade de diálogo da ETA ficou enterrada debaixo dos escombros de Barajas", disse ontem o número dois do PSOE, José Blanco, acrescentando que está muito claro que "com violência não há diálogo".

Entrevista a Herman José no Expresso

Vale a pena ler esta entrevista ao Herman José no Expresso. Para mim é um alívio e uma alegria, pois sempre fui incondicional do Herman, mesmo quando percebia o descarrilar do artista. É que a vida de artista, sobretudo a do Herman, não é fácil. E os artistas precisam de ser amados, quando estão em cima, quando estão em baixo.

Fórum UniverSal

Dia 17 de Janeiro, 21 h, CUFC, Aveiro
Tema: A Condição Juvenil Portuguesa na Viragem do Milénio
Debate com um dos autores do estudo, o Prof. Vitor Sérgio Ferreira (Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa)

2.1.07

Ano começa mal

O ano de 2007 começa mal em termos internacionais. Basta a imagem do assassinato de Sadam para perceber que não estamos no bom caminho. Fica a esperança de que depois da tempestade venha a bonança. Mas é ténue, lá isso é.
Quanto ao resto, ficam os votos de paz, de saúde, de amor, amizade e mais justiça. Desisitir não é certamente uma opção.
Um bom ano!

1.1.07

Primeiro dia do ano

Praia da Barra, Ílhavo, 1 de Janeiro de 2007
(Fotografia de Angelo Euardo Ferreira)

28.12.06

Novo retrato de Fernando Ribeiro

Actualizado o blog Retratistas com retrato da autoria de Fernando Ribeiro.

27.12.06

A nostalgia da liberdade

Francisco José Viegas, Escritor
Sem surpresas por parte dos pessimistas do costume - entre os quais me encontro - o parlamento aprovou, por unanimidade, o projecto governamental do Cartão Único. A modernidade rejubilou, imbecil e histriónica e apressa-se a dizer que, depois de termos inventado a Via Verde das auto-estradas, mantemos o passo acertado com as grandes nações (o que não é verdade - na Austrália e nos EUA não há bilhete de identidade, por exemplo) temos cartão único de cidadão, basta agora começarmos a cruzar os dados: o número de cidadão, o de contribuinte, o da segurança social, em breve o da saúde, quem sabe se de o fumador de marijuana ou o de leitor de literatura obscena ou de adepto de um clube de futebol.
O ministro António Costa, alertado pelas objecções acerca do perigo de haver tamanha concentração de dados num único cartão, lembrou que "isto não é o Big Brother". Engana-se, meu Caro António Costa não é o Big Brother, mas pode ser o princípio. Nada nos garante que, daqui a uns anos, a uns meses, depois de entrar em vigor o cartão único, não exista um organismo, muito cioso da segurança do Estado e do controle dos cidadãos, que comece realmente a fazer o cruzamento dos dados contidos no "chip" que cada um trará dentro do bolso. Nada que não tenha acontecido antes.
Daqui a uns anos, inclusive, o mundo estará cheio de nostálgicos da liberdade. Gente que terá saudade do tempo em que podia festejar o Natal sem ser acusada de estar a insultar os muçulmanos e os ateus; gente que podia publicar cartoons e rir dos outros - que é uma actividade meritória. Haverá nostálgicos do tempo em que podiam fumar um cigarro ou um charuto, comer costeletas de novilho com osso, andar de minissaia sem ser apedrejada, ler um livro sem levantar suspeitas - enfim, sem ser controlado de alguma maneira por Entidades Reguladoras ou por chips electrónicos que armazenam cada passo que damos, cada fronteira que atravessamos, cada doença de que nos queixámos. O ex-ministro Freitas do Amaral tinha razão na ocasião das caricaturas de Maomé ele antecipou um tempo em que teremos medo, medo real - e não medo apenas do seu dedinho espetado, pregando um ralhete aos seus concidadãos "que confundiam liberdade com libertinagem". Mesmo eu, que não sou católico, reconheço a ameaça policial que os fanáticos dirigem contra a celebração do Natal. Os jornais têm publicado queixas alarmantes de pessoas insuspeitas que relatam casos de auto-censura cada vez mais ridículos (em Espanha, houve escolas que proibiram festejos de Natal e em Inglaterra, Birmingham, a ideia de festejar o nascimento de Cristo foi considerada ofensiva).
O ex-ministro Freitas do Amaral tinha razão: teríamos feito bem mandar queimar os "cartoonistas" dinamarqueses. Talvez ele também ache que a celebração do Natal seja uma agressão contra as hordas de desequilibrados que incendiaram embaixadas pelo Médio Oriente fora em nome da sua "ofensa". Tenham medo. Tenham medo verdadeiro desse tempo. Nada do que façam deixará de ser vigiado. Nada do que digam deixará de ser tido em conta. Nenhuma das vossas crenças deixará de ser considerada ofensiva. Nem mesmo no interior de nossas casa deixará de estar presente esse Big Brother politicamente correcto, vigiando o que comemos, o que comemoramos, o que dizemos.
Não contem anedotas, não consumam colesterol, não riam. Deixará de haver uma lei da República que vos garanta a liberdade de fazer; haverá, antes, uma lei que vos restringirá a liberdade de ser o que quiserdes ser. Em nome do Estado, do bem comum, das crenças absolutas dos outros - sempre com a bênção dos que sabem, por nós, o que é melhor para nós. Sim, estamos em guerra pela nossa liberdade.
Francisco José Viegas escreve no JN, semanalmente, às segundas-feiras

Boas Festas

A todos os amigos e visitantes, os votos de umas Boas Festas, com saúde e paz.

23.12.06

22.12.06

Poema de Natal em Tétum

LABARIK-FETO IDA TANIS
Amá, Natál agora besik ona
Kosok-Oan Jezús sei moris dala ida tan,
maibé Bete sei hela iha uma halo ho lona
no ha'u-nia maun nia liman sei fo'er ho raan.
-
Bete ne'e ha'u-nia belun di'ak liu hotu,
nia tinan hanesan ha'u, ami tama SD hamutuk,
ami tanis bainhira haree nia apá nia iis kotu
enkuantu ahi han sira-nia uma to'o mutuk.
-
Nia apá mate tanba ema oho,
oho de'it tanba tiu ne'e ema-lorosa'e.
Sira la biban halai ba foho
hanesan dezlokadu sira halai tun-sa'e.
-
Bete ho nia família viziñu di'ak,
nu'usá imi komesa odi sira derrepente?
Ita hotu iha-ne'e mesak ema kiak...
imi hotu agora laran-dodok, ha'u sente!
-
Joven sira husi bairru maka sunu,
ha'u-nia maun rasik mós ajuda.
Ba ida-ne'e maka uluk imi funu?
Ha'u baruk, ha'u hakarak vida atu muda.
-
Imi la bandu, la obriga nia hela iha uma,
imi husik nia sai vadiu la iha edukasaun,
baku malu, taa malu, hanesan futu-manu ruma.
Hanesan ne'e maka imi hakarak harii nasaun?
-
Amá, ida-ne'e maka futuru ba labarik
iha nasaun foun Timór Lorosa'e?
Se futuru hanesan ne'e duni karik
entaun ha'u hakarak sai malae.
-
Afonso Busa Metan
~
Agradeço este belíssimo poema em Tétum deixado numa caixa de comentários. É bom que o Natal seja um pouco melhor em Timor e permita auspiciar um futuro um pouco mais feliz, pois acredito que os timorenses bem merecem! Um abraço muito forte a todos os meus irmãos timorenses! Saudade!

20.12.06

Para ser grande, sê inteiro

Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive

Ricardo Reis

19.12.06

Fórum UniverSal

HISTORIAL FÓRUM::UNIVERSAL

Ruy de Carvalho *
Nuno Rogeiro * Júlio Pedrosa * Guilherme d’Oliveira Martins * Fernando Nobre (AMI) * Rui Marques (ACIME) * Laurinda Alves * Adriano Moreira * Margarida Santos (Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres) * Fernando Vieira (CERCIAV) * José Carlos de Vasconcelos (JL, Visão) * D. Ximenes Belo (Nobel da Paz 1996) * João de Deus Ramos (Ex-Embaixador de Portugal na China – Fundação Oriente) * Paulo Borges (presidente Associação Agostinho da Silva)
~
O Fórum UniverSal é uma iniciativa do Centro Universitário de Fé e Cultura em parceria com a Fundação João Jacinto de Magalhães, que consiste na organização de uma conversa/debate/tertúlia mensal (1ª quarta de cada mês, por regra) sobre um qualquer tema da actualidade, ou não, que se quer aberta, plural, viva! Acima ficam os nomes daqueles que já por cá passaram. Estejam atentos aos próximos, pois valerá a pena!
Aveiro a mexer! Depois não venham com a conversa de que não acontece nada!

Menina do Mar

A Menina do Mar
(ilustração de Raquel Gomes para Teatro Aveirense)
Concerto encenado, a partir do conto de Sophia de Mello Breyner e com música de Fernando Lopes-Graça.

18.12.06

Jorge Palma na semana da CPLP em Aveiro

13 de Dezembro

Reparei agora que no dia 13 fui muito procurado no Google. Engraçado. Engraçado, sobretudo esta coisa das novas tecnologias.


Gilberto Gil em Aveiro, 15 de Dezembro de 2006
(fotografias de Ângelo Eduardo Ferreira, 2006)

17.12.06

Gilberto Gil esteve em Aveiro

Gil recebe a distinção de sócio honorário da Associação Académica
(fotografia de Ângelo Ferreira'2006)

Gilberto Gil esteve em Aveiro na passada sexta-feira para receber um doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Aveiro, cerimónia a que se seguiu o Aniversário da UA. À noite, pelas 10 horas, Gilberto Gil deu um magnífico concerto, ao jeito intimista, para 500 pessoas, no auditório da Retoria, integrado no programa da semana CPLP da Associação Académica da UA. No início do concerto, recebeu das mão do Presidente da Académica (Ricardo) a distinção de Sócio Honorário, atribuída pela Assembleia Geral.
O excelente cantor, que também é Ministro de Estado da Cultura do Brasil, deu um inesquecível concerto - lindo!